Olá amigos do perrengue! Vocês conhecem a Costa Verde? Sim… ela mesmo, no eixo Rio-São Paulo, pela belíssima estrada Rio-Santos.
Caso não, deveriam conhecer. É verde devido ao belo mar; é verde devido à mata atlântica exuberante que acompanha o relevo montanhoso. Este foi o palco (ou picadeiro…) do perrengue de hoje.
– Juleba, acorda!!! Partiu viajar?!
– Hã? Hã? “FDP” Hã?
– Porra! É feridadão! Partiu. Taca meia dúzia de coisas na mala do teu carro e partiu (e passa aqui me pegar, né?)
– Pô… sei lá. Acho que não… Foda-se Dane-se! To indo! Alias, pra onde?
– Chega aê (expressão popular tipicamente carioca. Algo parecido com chega aqui) que a gente decide.
Prontamente meu grande amigo e parceiro de trip estava lá. Olhamos uns mapas na internet, e escolhemos a Costa Verde como destino. Precisamente o eixo Paraty-Trindade. Eu já conhecia muito bem a cidade de Paraty e todos os belos roteiros feitos de barco disponíveis na região. Mas sempre fui num esquemão família, pousada incrivelmente confortável e o saveiro era um dos melhores da região. Mas como diz o pessoal, dessa vez eu queria ir “com emoção”.
Juntei meia dúzia de tralhas e pé na estrada. Como uma viagem planejada em um telefonema de 2 minutos, alguns imprevistos eram esperados. Fomos num belo dia de sol, Rock ‘n’ Road total. E de tempos em tempos: “cara, tenta lembrar ai das coisas que estamos esquecendo, pra comprar logo na estrada…” Claro que não lembramos de absolutamente nada.
Como um belo feriado prolongado, quem conhece a Rio-Santos, sabe da dificuldade MERDA que é o transito e o engarrafamento. Pois é. Fritamos, cozinhamos ao vapor de escapamentos, fizemos amizade com ambulantes que carinhosamente nos apelidaram de “O Cabeludo” & “O japonês”. Praticamente um casal gay-freak-show, uma dupla sertaneja com apresentação à la Furacão 2000, a número um do Brasil. (“A Coisa” “O Cacareco” e.g.)
Chegamos em Paraty e começou nossa busca por comida, abrigo e cerveja. Bebemos uma gelada pra melhorar o entendimento. Eis que paramos numa agradável pousada. O rapaz da recepção disse: “Ta cheio, irmão. Mas péraí? Vocês estão na pista?” (expressão carioca equivalente a dê bobeira, ou neste caso: SOLTEIROS) Evitando uma confusão homossexual confirmamos em alto em bom som. “Cara, sai de Paraty. Aqui vocês não vão matar nada. A boa mesmo é Trindade. Lá tem tipo a galera de vocês. (seja lá o que o cidadão quis dizer com isso…)
Seguindo os conselhos truncados no melhor estilo Mestre dos Magos, partimos sedentos para Trindade. Isso já era finalzinho de tarde. Chegamos na aprazível Trindade à noite, sob a iluminação magnífica de uma lua cheia. Foi ótimo, porque a estrada é bizarra, passamos por um semi-rio. Nada que representasse perigo ao Santanão Cinza-Bandido do Juleba. (caro leitor, esta informação fará todo o sentido ao final do post)
Mijão e o Santana Boladão
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